A Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) quer que as profissões deste setor de atividade sejam reconhecidas. Jorge Pires, da direção da APCC, sublinha em declarações à Lusa que “a importância” do setor, que emprega cerca de 100 mil pessoas, “justificava que as categorias profissionais fossem consideradas como tal, até para efeitos estatísticos”.
Atualmente, um assistente ou operador de atendimento de um call center ´considerado um operador de registo de dados “que não tem nenhuma ligação com aquilo que são as suas funções efetivamente”.
De acordo com Jorge Pires, este reconhecimento seria uma forma de significar a atividade que tem vindo a crescer. “Nós, por vezes, temos uma sensação de um tratamento muito injusto para o nosso setor. A preocupação das nossas empresas em assegurar condições aos trabalhadores não é compaginável com o tipo de reputação em Portugal dos ‘contact centers’, diz ainda o responsável da APCC.
Recorde-se que recentemente o Sindicato dos Trabalhadores de ‘Call Centers’ lançou uma petição, que será discutida no dia 24 de janeiro no parlamento, para que esta seja considerada uma profissão de desgaste rápido. À Lusa Jorge Pires diz que não quer comentar o conteúdo da petição, mas defende que existe uma “ideia desajustada” sobre as condições de trabalho desta profissão.
“As instalações são mais do que excelentes, espaços arejados, com luz natural, todas as condições ergonómicas, espaço para gozo de intervalos, espaço para refeições e as melhores condições para o exercício da função”, conclui.
O sindicato pretende criar o estatuto de profissão de desgaste rápido para o trabalho em ‘call-center’, limitar como máximo 75% do horário laboral em linha por jornada de trabalho e garantir direito a seis minutos (10%) de intervalo por cada hora em linha.
In Call Center Magazine
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